5 de outubro de 2014

MUNDO ANIMAL: Pardal



Pardal


O pardal (Passer domesticus) tem sua origem no Oriente Médio, entretanto este pássaro começou a se dispersar pela Europa e Ásia, chegando na América por volta de 1850. Sua chegada ao Brasil foi por volta de 1903 (segundo registros históricos), quando o então prefeito do Rio de Janeiro, Pereira Passos, autorizou a soltura deste pássaro exótico proveniente de Portugal. Hoje, estas aves são encontradas em quase todos os países do mundo, o que as caracteriza como uma espécie cosmopolita. Essa ave tem se expandido pelo espaço rural e, em alguns casos, prejudicado a produtividade agrícola.

Seu nome significa: (pássaro domestico, ave que habita as casas).


Características

Estas aves medem aproximadamente 15 centímetros de comprimento (entre 14 e 16 centímetros), sendo sua envergadura de 19 a 25 centímetros. Há dimorfismo sexual na espécie. Os machos apresentam duas plumagens: (1) durante a primavera, apresentam cor acinzentada na região do píleo e na fronte; cor preta no loro e na garganta; cor marrom com riscos pretos nas asas e região dorsal; cor cinza-claro ou branca no rosto, peito e abdômen. As penas coberteiras e as rêmiges apresentam cor preta no centro e as pontas são em tons queimados. O bico é preto e os pés são cinza-rosados. (2) Durante o outono apresentam cor preta no loro; garganta com coloração apagada ou quase inexistente. A plumagem no outono é menos evidente; a maxila é preta e a mandíbula é preta-amarelada. As fêmeas apresentam cor acinzentada no píleo; marrom nos loros, fronte e bochechas; e uma lista supraciliar clara. As rêmiges e a região dorsal são similares às dos machos. Indivíduos jovens apresentam características semelhantes às das fêmeas.

pardal macho
pardal fêmea
pardal jovem












Indivíduos com plumagem leucística
O que é leucismo?

O leucismo (do grego λευκοσ, leucos, branco) é uma particularidade genética devida a um gene recessivo, que confere a cor branca a animais geralmente escuros.

O leucismo é diferente do albinismo: os animais leucísticos não são mais sensíveis ao sol do que qualquer outro. Pelo contrário, são mesmo ligeiramente mais resistentes, dado que a cor branca possui um albedo elevado, protegendo mais do calor.

O oposto do leucismo é o melanismo.

    pardal (Passer domesticus)
         pardal (Passer domesticus)










Indivíduos com plumagem albina

O que é albinismo?
O Albinismo se caracteriza pela perda total dos pigmentos, tanto da melanina quanto dos carotenoides, podendo ocorrer em todo o corpo ou em partes dele. Diferentemente do leucismo, onde apenas as penas perdem a coloração, o indivíduo albino apresenta-se com coloração branca, bico e patas mais claros e os olhos, por não possuírem coloração, apresentam a cor vermelha dos vasos sanguíneos. Um indivíduo albino possui baixa resistência, principalmente ao sol, apresentando visão mais fraca e, às vezes, fotofobia.
    pardal (Passer domesticus)
        pardal (Passer domesticus)
      pardal (Passer domesticus)





Indivíduos com plumagem flavística

O que é flavismo?

Flavismo é a ausência parcial da melanina (nesse caso ainda pode ser observado um pouco da cor original da ave), porém presença de pigmentos carotenoides. A ave flavística ou canela se apresenta com a coloração diluída, devido à perda parcial de melanina, tanto da eumelanina (pigmento negro) quanto da feomelanina (pigmento castanho).
pardal (Passer domesticus)
Alimentação

Sua alimentação consiste de sementes, flores, insetos, brotos de árvores e restos de alimentos deixados pelos seres humanos. Costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de milho. Alimenta-se também de frutos como banana, maçã e mamão.
  
          pardal (Passer       domesticus)























Reprodução

O ninho é esférico com entrada lateral, feito de capins, penas, papel, algodões e outras fibras, excepcionalmente feito pelo macho. Ele é construído em cavidades e fendas afastadas do solo, em árvores, telhados, postes de iluminação pública e semáforos. Ninhos de outras aves também podem ser utilizados. Os 4 ovos cinzentos manchados são incubados pelo casal durante 12 dias. Os filhotes são alimentados com pequenos artrópodes e abandonam o ninho com cerca de 10 dias de idade, quando passam por uma dieta vegetariana. Com frequência os filhotes retornam ao ninho para nele dormir, durante algum tempo.
           
             
          Casal       de    pardal

 
 
         Ninho de pardal
 
           
Filhote de pardal














Hábitos

O pardal-comum é bastante abundante ao longo do território, sendo geralmente ubíquo em zonas humanizadas, tanto em grandes cidades como em lugarejos habitados. Ocorre durante todo o ano, podendo formar bandos de grandes dimensões, especialmente em zonas agricultadas ou em dormitórios de parques urbanos.

Foi observado no Rio de Janeiro, Botafogo, que o pardal se banha na copa das árvores se esfregando nas folhas úmidas proveniente de sereno e chuvas. (Observação:Alcir Meireles)

Esta espécie encontra-se em processo de extinção nas cidades. As mudanças urbanas têm afugentado os bandos para a zona rural. Cientistas e especialistas dizem que as alterações graves no ecossistema urbano nos últimos tempos tiveram enorme impacto sobre a população de pardais, cujos números estão declinando constantemente. Eles acreditam que as aves não podem retornar a menos que algumas medidas sejam tomadas agora.(Mohammad E. Dilawar)

Bando de pardal










Predadores

caburé (Glaucidium brasilianum)



cauré (Falco rufigularis)

cauré (Falco rufigularis)

Philodryas olfersii (Cobra-verde)

Philodryas olfersii (Cobra-verde)

quiriquiri (Falco sparverius)





























Distribuição Geográfica

Potencialmente ocorre em todo território brasileiro, sendo restrita a áreas com ocupações humanas.



  Ocorrências registradas no WikiAves





Referências

Instituto Horus - disponível em www.institutohorus.org.br/download/fichas/Passer_domesticus.htm

Animal Diversity - disponível em http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Passer_domesticus.html

Aves Portugal - disponível em http://www.avesdeportugal.info/pasdom.html Acesso em 16 jun. 2009.

2 comentários:

  1. OWN

    Na minha região tem.
    Que passarinho fofis.

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  2. Oi! Minha irmã é bióloga e adora animais, mais os sapos do que os outros.
    Esse eu conheço mais pelos desenhos, não conhecia sobre leucismo. No primeiro momento li leucemia. Uma pena e é triste ver tantas espécies em extinção. Mas tem aqui por perto, tem um ponto no Acre.
    Até a próxima!

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